A evolução das formas de
produção sempre esteve relacionada com a forma de o homem organizar seu
trabalho. Com o passar dos anos, as pessoas cada vez mais buscam novas maneiras
para realizar suas tarefas. O trabalho artesanal foi sendo substituído por
máquinas, e com o início do período da Revolução Industrial em meados do século
XVIII surgiu uma forma mais organizada de trabalho em virtude do aperfeiçoamento
de técnicas, do desenvolvimento de máquinas e de novas tecnologias.
A qualidade começou a ser estudada com maior afinco, após o final da
segunda guerra mundial, por volta dos anos 50, período na qual se inicia em
Londres, os estudos sobre o movimento qualidade de vida no trabalho, com a
abordagem sócio-técnica estudando formas de melhorar a organização do trabalho
buscando tornar a vida dos operários, mais agradável e satisfatória e,
consequentemente, mais rentável.
Assim, a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) pode ser definida como: "um conjunto de ações de uma empresa
que envolvem diagnósticos e implantação de melhorias e inovações gerenciais,
tecnológicas e estruturais, dentro e fora do ambiente de trabalho visando
proporcionar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a
realização do trabalho".
Logo, a implantação da QVT é essencial nos dias de hoje para a
competitividade entre as empresas sendo um fator de diferenciação entre elas,
pois proporciona um maior rendimento produtivo de seus colaboradores.
A qualidade de vida no trabalho vinha sendo abordado em vários estudos,
porém em 1974 com a crise energética e alta inflação, as empresas começaram a direcionar seus
esforços à sobrevivência no mercado, abandonando interesse pelo tema. Porém no
início da década de 80, notou-se a insatisfação no trabalho e uma queda do
compromisso por parte dos empregados com seus trabalhos, o que culminou na
retomada dos estudos, onde a preocupação com o aumento da competitividade a
nível mundial levou os americanos a se preocuparem com os novos sistemas
gerenciais desenvolvidos pelos japoneses, e com a relação entre os programas de
produtividade centralizados nos operários.