Dores
intensas em alguma parte da cabeça por várias horas, sensibilidade à luz ou a
sons, tonturas, irritação, alteração do apetite e, em crises mais graves,
náuseas e vômitos. Esses são os sintomas mais comuns da enxaqueca, doença que
atinge grande parte da população. Segundo estatísticas, o “tormento” acomete
80% das pessoas que sofrem com dores crônicas.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a enxaqueca e as diversas
cefaleias existentes atormentam 93% da população mundial, afetando mais as mulheres,
na proporção de duas a três para cada homem. E o mais grave é que, na maioria
dos casos, a enxaqueca costuma ser tratada como uma simples dor de cabeça.
Contudo, a enxaqueca é mais complexa e requer tratamento médico específico. De
acordo com especialistas, um dos melhores remédios naturais contra a doença é a
prática de atividade física, especialmente os exercícios aeróbicos.
Um
estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Psicologia Médica na
Alemanha encontrou, em 2010, resultados que comprovam a tese de que a atividade
aeróbica é eficaz no combate ao incômodo. Oito pacientes com episódios
recorrentes de enxaqueca foram submetidos a três sessões de exercícios semanais
com 50 minutos de duração cada, por 10 semanas. Nas primeiras cinco semanas, os pacientes
fizeram um programa de adaptação, alternando corrida e caminhada, até que
estivessem aptos a trotar durante 30 minutos ininterruptos. Enquanto isso,
outro grupo de oito pacientes com histórico similar de episódios de enxaqueca
não se exercitou, sendo denominado como grupo controle.
Os
pesquisadores observaram que, enquanto o grupo controle continuou sofrendo uma
média de quatro enxaquecas por mês, o grupo que se exercitou diminuiu as
ocorrências pela metade, ou seja, dois episódios a cada mês. Além disso, a
intensidade e a duração dos episódios de enxaqueca também sofreram diminuição
significativa.
Os
resultados mostram que o exercício aeróbio atua de forma benéfica para atenuar
a frequência, intensidade e duração das dores de cabeça. Tanto neurologistas,
quanto outros profissionais que estudam os efeitos da atividade física na saúde
aconselham que se evite a automedicação, já que a recorrência das dores faz com
que os remédios viciem e podem causar a dor crônica, muito mais difícil de ser
tratada. A atividade aeróbica neste é bem mais segura e tem resultados
comprovados. Se tiver que viciar em algo, que seja na corrida.
Fonte: Pernambuco.com