A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a
prática de uma atividade física diariamente, durante trinta minutos, no mínimo,
para se ter uma vida saudável e fugir do sedentarismo. Mas tem gente que
extrapola, na busca da forma perfeita e de um ideal de beleza obsessivo. E para
alcançarem seu objetivo, passam a exercitar o copo de forma compulsiva. Não
adianta elogiar... para o compulsivo a insatisfação é uma constante. Esse tipo
de comportamento é chamado vigorexia, um transtorno de imagem corporal,
uma falsa percepção do próprio corpo e à realidade revelada pelo espelho. Na
vigorexia, o indivíduo utiliza referências equivocadas e busca a perfeição da
auto-imagem de uma forma que acaba lhe prejudicando.
Uma pesquisa
realizada pelo Centro de Estudos em Psicobiologia da Universidade de São Paulo
(Unifesp) identificou que 28% dos atletas brasileiros, amadores ou
profissionais, são viciados em exercícios físicos. Eles não conhecem limites.
Para eles, quanto mais atividade melhor.
A compulsão por exercícios físicos assemelha-se ao
vício em drogas e tal qual seus usuários, o viciado em malhação têm crises de
abstinência quando afastados da academia, apresentando inclusive ansiedade,
depressão, irritabilidade e variações de humor.
As consequências da prática exagerada de exercícios
físicos surgem em forma de lesões nos músculos e nas articulações. Segundo os
pesquisadores, os principais indícios que a malhação se transformou em vício
são: estreitamento do repertório (só fala sobre isso), preocupação excessiva
com o corpo e com a alimentação, perda de interesse social por causa do treino,
insistir em treinar mesmo com ambiente desfavorável ou condição adversa (na
chuva, machucado).
O aluno passa a ir para a academia de manhã, à
tarde e, se der, à noite também; faz musculação, faz spinning... A única coisa
que ele vai conseguir com esse excesso e sem repouso é a lesão. Ele não
consegue entender que na musculação você só está agredindo seu corpo, e que o
ganho da massa muscular que eles tanto desejam, o emagrecer, o sarar o corpo,
está na alimentação, principalmente, e no repouso.
Fonte:
CONFEF, setembro/11