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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Exercício aeróbico ajuda a diminuir intensidade da enxaqueca


               Dores intensas em alguma parte da cabeça por várias horas, sensibilidade à luz ou a sons, tonturas, irritação, alteração do apetite e, em crises mais graves, náuseas e vômitos. Esses são os sintomas mais comuns da enxaqueca, doença que atinge grande parte da população. Segundo estatísticas, o “tormento” acomete 80% das pessoas que sofrem com dores crônicas.

              A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a enxaqueca e as diversas cefaleias existentes atormentam 93% da população mundial, afetando mais as mulheres, na proporção de duas a três para cada homem. E o mais grave é que, na maioria dos casos, a enxaqueca costuma ser tratada como uma simples dor de cabeça. Contudo, a enxaqueca é mais complexa e requer tratamento médico específico. De acordo com especialistas, um dos melhores remédios naturais contra a doença é a prática de atividade física, especialmente os exercícios aeróbicos.

              Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Psicologia Médica na Alemanha encontrou, em 2010, resultados que comprovam a tese de que a atividade aeróbica é eficaz no combate ao incômodo. Oito pacientes com episódios recorrentes de enxaqueca foram submetidos a três sessões de exercícios semanais com 50 minutos de duração cada, por 10 semanas.  Nas primeiras cinco semanas, os pacientes fizeram um programa de adaptação, alternando corrida e caminhada, até que estivessem aptos a trotar durante 30 minutos ininterruptos. Enquanto isso, outro grupo de oito pacientes com histórico similar de episódios de enxaqueca não se exercitou, sendo denominado como grupo controle.

          Os pesquisadores observaram que, enquanto o grupo controle continuou sofrendo uma média de quatro enxaquecas por mês, o grupo que se exercitou diminuiu as ocorrências pela metade, ou seja, dois episódios a cada mês. Além disso, a intensidade e a duração dos episódios de enxaqueca também sofreram diminuição significativa.

          Os resultados mostram que o exercício aeróbio atua de forma benéfica para atenuar a frequência, intensidade e duração das dores de cabeça. Tanto neurologistas, quanto outros profissionais que estudam os efeitos da atividade física na saúde aconselham que se evite a automedicação, já que a recorrência das dores faz com que os remédios viciem e podem causar a dor crônica, muito mais difícil de ser tratada. A atividade aeróbica neste é bem mais segura e tem resultados comprovados. Se tiver que viciar em algo, que seja na corrida.

Praticar atividade física melhora a qualidade do sono


                  Pessoas que praticam pelo menos 150 minutos de atividades físicas por semana tendem a dormir melhor e a se sentir mais alerta durante o dia, afirma estudo a ser publicado na edição de dezembro da revista especializada Mental Health and Physical Activity.


                 Realizado por pesquisadores da Oregon State University, nos Estados Unidos, o estudo envolveu mais de 2.600 homens e mulheres, com idade entre 18 e 85 anos, que foram submetidos a um programa de atividades físicas e monitoramento do sono. Os resultados mostraram que praticar, no mínimo, 150 minutos (duas horas e meia) de exercícios moderados ou vigorosos melhora em até 65% a qualidade do sono.

                    Os voluntários relataram, ainda, menor sonolência diurna em comparação com os que fizeram menor atividade física. Observou-se, também, a melhoria nas cãibras nas pernas durante o sono (probabilidade 68% menor) e na capacidade de concentração quando se está cansado (45%).

             “Nós estávamos utilizando as diretrizes de atividade física previstas para saúde cardiovascular, mas, ao que parece, essas podem ser benéficas para outras áreas da saúde”, diz Brad Cardinal, um dos autores do estudo.

                “Cada vez mais, a prática de atividade física vem sendo utilizada como uma alternativa não-farmacêutica para melhorar o sono”, completa.


Fonte: Boa Saúde